Boas vindas
A Associação Brasileira de Estudos da Trans-Homocultura (ABETH), por meio de suas ações de preparação para o XII Congresso Internacional de Diversidade Sexual, Etnicorracial e de Gênero, tem apoiado eventos locais intitulados ABETH na Pista. Em Pernambuco, a Universidade de Pernambuco e a Universidade Federal Rural de Pernambuco, por meio da articulação dos grupos de pesquisa Direito do Trabalho e os Dilemas da Sociedade Contemporânea (DiTra), Núcleo de Estudos Queer e Decoloniais (NuQueer) e Grupo Asa Branca de Criminologia (Unicap), promoverão o evento ABETH na Pista - Pensando Gênero e Sexualidade em Pernambuco.
Até 04 de outubro de 2024
Até 15 de setembro de 2024
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Para submeter trabalho científico, autores deverão estar devidamente inscritos no evento.
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Cada participante poderá submeter um único trabalho como autore/ra/or principal e participar de outras duas produções como coautore/ra/or;
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Os trabalhos poderão ter o máximo de três participantes;
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Todos os trabalhos deverão ser enviados pelo google forms no formato Word com o documento timbrado (template, Anexo I).
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Os trabalhos submetidos deverão ter de 250 a 350 palavras (O título, subtítulo, palavras-chave e referências não entram na contagem), e deverão ser enviados pelo link acima "Submissão de trabalhos", no formato Word, no template correspondente.
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No ato da submissão do trabalho científico deverão ser informados os seguintes dados: Nome, CPF, e-mail e nacionalidade de todes autores. Esses dados NÃO poderão ser alterados após a submissão, não sendo possível a alteração, inclusão ou exclusão de autores.
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Também no ato da submissão, deverá indicar o Simpósio Temático (ST) no qual se encaixa seu resumo.
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Serão selecionadas até 10 trabalhos científicos para apresentação oral em cada ST. Havendo a possibilidade de redirecionamento do trabalho científico para ST diverso do escolhido previamente.
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Todos os trabalhos aprovados, inclusive aqueles aprovados e não selecionados para apresentação oral, serão publicados no Caderno de Resumo.
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No ato da submissão, deverá indicar o ST no qual se encaixa seu resumo.
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Os resumos deverão ser escritos em parágrafo único e em fonte Arial 11, justificados e com espaçamento simples, obedecendo a seguinte estrutura: introdução, objetivo, metodologia, resultados e discussão, conclusão, referências e de três a cinco palavras-chave separadas entre si por ponto.
Somente serão publicados no Caderno de Resumos os textos autorizados pelos autores, no momento da submissão, os quais cedem a propriedade literária e todos os direitos autorais do trabalho. As comunicações orais presenciais acontecerão nas salas do bloco C, primeiro andar no campus Benfica da FCAP/UPE. A divulgação das salas será realizada após a aprovação dos textos. As comunicações orais virtuais acontecerão pela Plataforma Google Meet e os links serão disponibilizados após a aprovação dos textos e posterior organização das salas. Ao término do evento e comprovada a participação, os certificados das modalidades ouvintes e apresentação do trabalho científico serão encaminhados por e-mail. Os trabalhos submetidos serão avaliados pela comissão científica.
Calendário
Programação
Boas-vindas Abeth
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Alexandre Bortolini (Presidente)
Mesa-Redonda (das 9h às 12h)
Elaine Nascimento (Fiocruz Teresina)
Regina Alice Rodrigues Araújo Costa (OAB-PE)
Roberto Efrem (UFPB)
Samantha Vallentine (Natrape/UFPE)
Sandro Cozza Sayão (UFPE)
Simpósios Temáticos Presenciais (turno vespertino – das 14h às 17h)
Direitos Humanos e Interseccionalidade nas Relações Étnico-raciais, Gênero/Sexualidade e Classe
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Elaine Ferreira do Nascimento (PPGPP/UFPI - Fiocruz Piauí);
Liana Maria Ibiapina do Monte (Fiocruz Piauí);
Giorge Andre Lando (FCAP/UPE)
Coordenação:
O presente simpósio tem como objetivo selecionar trabalhos que explorem os significados atribuídos a raça/etnia, gênero/sexualidade e classe na perspectiva do conceito de interseccionalidade dos eixos estruturais de opressões. Operando em sentidos tanto inclusivos quanto exclusivos, os referidos eixos de opressões atuam no interior dos discursos científicos, políticos e culturais produzindo processos de exclusão particulares que são barreiras no acesso aos direitos humanos. Todavia, nosso simpósio busca apresentar a interseccionalidade como uma ferramenta com grande potencial para melhor compreender esses processos, mitigá-los e quiçá estimular a adoção de formulação de políticas públicas com esta diretriz, permitindo que a sociedade se confronte com o seu passado de exclusão para criar um presente de oportunidades e um futuro baseado nos direitos humanos de forma ética, respeitosa e acolhedora.
Título: Linguagens não-binárias no Brasil
Coordenação:
Iran Melo (UFRPE)
Amanda Monteiro (UFRPE)
Gustavo Paraiso (UFRPE)
Resumo: Este simpósio pretende apresentar uma visão panorâmica sobre a não-binariedade de gênero na língua portuguesa brasileira – suas bases culturais e ideológicas, sua história, seus mecanismos de realização e uma discussão sobre as repercussões desse modo linguístico na Educação. O aparato teórico advém da Linguística Queer e se justifica por se tratar de um momento formativo de potencialização da reflexão-ação para políticas de vida às nossas corpas resistentes em um país necropolítico como o nosso.
Título: Pedagogias Queer e Decolonialidades: desconstruções e desestabilizações de corpos/sexos, raça-etnia, gêneros e sexualidades
José Amaro Costa (NuQueer-UFRPE)
Marcelo Henrique Gonçalves de Miranda
Nivaldo Belo dos Santos
Coordenação:
Resumo: O referido ST tem a finalidade de proporcionar um espaço de debates por meio de pesquisas, relatos de experiências e ensaios que evidenciam descontruir e desestabilizar inteligibilidades binárias na (re)produção de posições hierarquizadas entre “normal/anormal”. “natural/antinatural”, “sadio/enfermo”, “não pecaminoso/pecaminoso”, “colonizador/colonizado”, “branco/preto”, dentre outras posições que reforçam a colonialidade, a cisgeneridade, a cis-heterossexualidade compulsória e a cis-heteronormatividade. Nesse aspecto, privilegiar pedagogias queer e decolonialidades é buscar problematizar e desestabilizar subalternidades performativas e sublinhar resistências às categorizações da colonialidade, dos corpos/sexos, das raças-etnias, dos gêneros e das sexualidades, tendo o propósito de fortalecer e criar espaços mais inclusivos, de aprendizado e respeito com as diferenças/diversidades, além de repensar práticas de ensino, os currículos e as relações de poder nos espaços escolares e nos espaços não escolares.
Título: Gênero, sexualidades e linguagens
Walter Amaral (Unicap)
Ildebrando Lima (Unicap)
Coordenação:
Resumo: Este simpósio temático pretende agregar trabalhos que analisem as relações de gênero e sexualidades nas mais diversas formas de linguagens, como cinema, música, teatro, artes plásticas entre outras. Compreendemos que, tais formas de manifestações são, ao mesmo tempo, mecanismos nos quais as pessoas constroem e performatizam suas vivências, sentimentos e subjetividades. Neste sentido, buscamos dialogar com pesquisas de diversas áreas do conhecimento, que problematizem os seus objetos de estudos a partir das construções, relações e performatividades de gênero e sexualidades nas variadas formas de linguagens.
Título: Pedagogias Queer e Decolonialidades: desconstruções e desestabilizações de corpos/sexos, raça-etnia, gêneros e sexualidades
Marcelo Henrique Gonçalves de Miranda (PPGEDUC (CAA/UFPE)
Nivaldo Belo dos Santos (PPGEDUC (CAA/UFPE)
Coordenação:
Resumo: O referido ST tem a finalidade de proporcionar um espaço de debates por meio de pesquisas, relatos de experiências e ensaios que evidenciam descontruir e desestabilizar inteligibilidades binárias na (re)produção de posições hierarquizadas entre “normal/anormal”. “natural/antinatural”, “sadio/enfermo”, “não pecaminoso/pecaminoso”, “colonizador/colonizado”, “branco/preto”, dentre outras posições que reforçam a colonialidade, a cisgeneridade, a cis-heterossexualidade compulsória e a cis-heteronormatividade. Nesse aspecto, privilegiar pedagogias queer e decolonialidades é buscar problematizar e desestabilizar subalternidades performativas e sublinhar resistências às categorizações da colonialidade, dos corpos/sexos, das raças-etnias, dos gêneros e das sexualidades, tendo o propósito de fortalecer e criar espaços mais inclusivos, de aprendizado e respeito com as diferenças/diversidades, além de repensar práticas de ensino, os currículos e as relações de poder nos espaços escolares e nos espaços não escolares.
Simpósios Temáticos Virtuais (turno noturno – das 18h30 as 21h30)
Título: Gênero e sexualidade na sala de aula: por uma perspectiva interseccional
Coordenação:
Jomson Teixeira da Silva Filho (UPE)
Humberto Soares da Silva Lima (IFAL/UFAL)
Resumo: Entendendo as dinâmicas sociais, políticas, culturais e regionais em que a educação é construída e transformada, sabemos que a sua composição por pessoas múltiplas de acordo com os “marcadores sociais da diferença”: raça, gênero, sexualidade, etnia, Pcd, classe social, regionalidade e tantos outros demandam, para além de pensamentos de inclusão, implicam sobretudo em comportamentos de empatia, respeito e equidade. Dessa forma, a educação, nas palavras de hooks (2013), entendida como “prática de liberdade”, consiste em movimentos plurais de identidades e construção de subjetividades, de modo que ideias essencialistas, reducionistas e binaristas precisam ser deixadas de lado, a fim de que todas as manifestações político-identitárias possam ser respeitadas e legitimadas. Nesse sentido, as discussões em torno do gênero e da sexualidade, compreendidas no bojo dos movimentos feministas, da pós-modernidade, dos estudos transviados e das identidades em processo na contemporaneidade, estabelecem diálogos possíveis que podem promover compreensões e entendimentos acerca de vivências de pessoas e/ou grupos socialmente vulneráveis, valorizando, assim, que “a sala de aula, com todas as suas limitações, continua sendo um ambiente de possibilidades” (idem, 2013, p. 273). O ambiente da sala de aula indica um conjunto de processos que evidenciam explosões de saberes, (des)entendimentos, (in)compreensões, problematizações e, principalmente, (des)acordos à luz de questões sociais, políticas e identitárias, pois enxergamos, a partir de pontos de vista coletivos: interseccionalidade e interdisciplinaridade, que o gênero e a sexualidade podem ser pensados na coletividade, deixando de lado um único pensamento sobre o social. Logo, as experiências na sala de aula, onde os acontecimentos são oriundos de discursos e atitudes sexistas, machistas, misóginos, homofóbicos, transfóbicos, leslofóbicos e tantas intolerâncias, contribuem para assumirmos ideias e perspectivas que andem na contra-mão em relação às maneiras de intolerância que são vivenciadas por professores/as e estudantes. Assim, este simpósio intenta reunir pesquisas, de diversos olhares voltados para a educação como prática de liberdade, em que as questões de gênero e sexualidade (por meio de corpos em dissidência) são experienciadas na prática.
Título: Coisa de Cinema: Corpos Dissidentes em Projeção
Coordenação:
Dayanna Louise Leandro dos Santos (UFS)
Resumo: Quantos corpos cabem/escapam no roteiro cinematográfico? Quais cores se apresentam vivas e pulsantes na tela do cinema? Compreendida não só como técnica, mas também como arte permeada de cunho ideológico, a “sétima arte” tem produzido narrativas que tensionam o precário campo da cidadania brasileira ao difundir diversas possibilidades de ser e existir através de tramas, dramas, personagens, cortes, fotografias, sons, silêncios e desfechos. Neste sentido, o ingresso no referido simpósio temático será destinado a trabalhos inter e (in)disciplinares considerando diferentes níveis (em andamento e/ou concluídos) e formatos (investigativas, experiências pedagógicas, literárias, intervenções artísticas). A sessão será composta por pesquisas voltadas a problematizar, desafiar e transcender a hegemonia disciplinar branca, cisheteronormativa e colonial, apresentando e festejando construções de outras narrativas fílmicas. Nesta sessão, também são bem-vindos olhares direcionados a "encruza cinematográfica", local de mistura e decantação que nos possibilita estabelecer diálogos entre cinema, gênero e sexualidades articulados com outros marcadores sociais da diferença (padrões corporais, território, classe, geração, raça e etnia, deficiência).
Título: Questões de Gênero e Estudos da Linguagem
Coordenação:
Paulo Roberto de Souza Ramos (UFRPE)
Valéria S. Brisolara (UNISINOS)
Resumo: As questões de gênero têm ganhado relevância dentro do escopo dos Estudos da Linguagem, aqui tomado como um campo que pode abarcar as várias formas de teorização e aplicação dessas teorias para criação de arcabouços e resolução de problemas sobre e relacionados à língua(gem). Já a utilização de ‘questões de gênero” visa enfocar pontos mais imediatos, ‘visíveis’ ou polêmicos no escopo dos estudos de gênero, compreendendo os estudos queer e a comunidade LGBTQIAPN+. Com isso em mente, este simpósio congrega trabalhos que problematizem questões de/sobre a língua(gem) numa ótica de questionadora e transgressiva de normas vigentes, que abordem questões de gênero, sexo e sexualidade através das diversas formas de manifestação que a língua(gem) assumir, mas em particular, nas formas faladas e escritas. Nesse sentido, são bem-vindos trabalhos sobre identidade(s) Queer, queeritude de textos literários ou não-literários, tradução Queer, aspectos sociais e linguísticos da fala, queerificação da linguística aplicada e a aplicação da linguística; pronúncia e (socio)fonética no escopo dos estudos Queer, entre outros.
Título: Produção de Margem de Manobra e Construção de Subjetividades na Experiência da Violência por LGBTQIAP+fobia
Coordenação:
Bruno Doering (Unicap)
Diego Paz (Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne)
Resumo: O simpósio tem como objetivo reunir trabalhos que abordem a experiência de pessoas LGBTQIAP+ em contextos de violência. Mais especificamente, nosso simpósio refletirá sobre como esses sujeitos têm exercido agência, no sentido de margem de manobra, e construído suas subjetividades a partir de, e em relação com, experiências de violência associadas ao preconceito e à discriminação relacionados à orientação sexual e/ou identidade de gênero – que ganham grande visibilidade social nas últimas décadas, especialmente pelo uso político e acadêmico dos termos “homofobia” e, mais recentemente, “LGBTfobia” ou “LGBTQIAP+fobia”.
Partimos da premissa de que é na relação com esse tipo de vivência, sempre concreta ou simbolicamente presente, que as pessoas LGBTQIA+ constroem seus modos de existir no mundo. Essa construção implica em uma negociação constante com as prescrições sociais, principalmente em termos de gênero e sexualidade, e seus efeitos. Essa existência negociada requer modos criativos de ação. Em outras palavras, os modos pelos quais nos organizamos para produzir respostas à esse tipo de violência, ao mesmo tempo coagem, possibilitam formas singulares de construção de si. Ou seja, as violências são práticas que assujeitam e produzem efeitos de subjetivação.
Nesse sentido, a agência,– ou “agency”, conceito-chave do feminismo anglo-saxão dos anos 1970, revisitado pela filósofa contemporânea Judith Butler – deve ser entendida como uma “capacidade de agir” ou “margem de manobra”. Nesse sentido, busca-se superar a dicotomia simplista entre dominação e resistência, observando-se nos modos criativos de lidar com as vivências de violência: como a resistência, mas também sua incorporação. Dito de outra maneira, essa capacidade de agir não se limita a ações ou práticas que se opõem visivelmente às normas, mas inclui igualmente as formas de habitá-las.
Aceitaremos trabalhos de pesquisa concluídos ou em desenvolvimento. Daremos destaque especialmente a pesquisas ancoradas em estudos empíricos, realizadas na interface entre as ciências sociais e os estudos feministas, de gênero e sexualidade. Além disso, também integraremos relatos de experiência, revisões da bibliografia científica e estudos teóricos que enriqueçam o debate sobre nosso objeto. Serão bem-vindos trabalhos que analisem essas questões em contextos diversos, como trabalho, família, prisões e movimentos sociais – para citar apenas alguns exemplos.
COMITÊ CIENTÍFICO
Amanda Monteiro (UFRPE)
Bruno Doering (UNICAP)
Giorge Lando (UPE)
Gustavo Paraíso (UFRPE).
Iran Melo (UFRPE)
COMISSÃO ORGANIZADORA
Amanda Monteiro (UFRPE)
Bruno Doering (UNICAP)
Giorge Lando (UPE)
Gustavo Paraíso (UFRPE).
Iran Melo (UFRPE)